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A forma de reter membros está se transformando. Veja o que mudou no tratamento da membresia.

Hoje vamos falar de como a forma de reter membros vem mudando no passar dos anos. O que vemos hoje é um cenário de diversificação e flexibilidade da estrutura antes enrijecida. Até mesmo a Igreja Católica está passando por mudanças em suas formas de pensar e agir em relação aos seus membros para diminuir a evasão. O Papa Francisco mudou alguns dogmas que são seguidos a décadas pela Igreja Católica. Muitos não concordam, outros mais tradicionais rejeitam integralmente as novas ideias do Papa como a de poder aceitar que um divorciado possa se casar novamente sem tanta burocracia e despesas, ou de que é errado julgar um homossexual, entre outras posições que causam estranhezas até mesmo dentro da conjuntura cristã.

A Igreja Evangélica também não tem sido diferente. A aceitação de novas formas de pensar, a inclusão de novas formas de agir, vem se tornando bastante corriqueira. Grandes eventos com cantores de grande renome no cenário evangélico, reunião de jovens para louvar em praças, escolas, casas entre outros eventos com músicas eletrônicas, sertanejo e funk gospel já não são mais novidades. Os pastores agora estão mais "liberais" nesta forma em que os jovens estão direcionando ações para espalhar o evangelho. Bom, se é errado ou não somente o Senhor, Juiz sobre todos, pode dizer e julgar, mas querendo ou não estas ações estão acontecendo porque a Igreja também precisa reinventar se quiser continuar viva em comunidades que não são mais da geração "X", onde o Pastor ou o Padre jamais aceitariam tais eventos, vestimentas ou dogmas dentro de suas Igrejas. 

Cada congregação tem sua forma de conduzir seus pensamentos e disseminar seus costumes e dogmas dentre sua membresia. O que não se pode negar é a abertura da forma de pensar e se desprender do que antes era caracterizado como totalmente "certo", o que hoje já é relativo. Cabe aos Líderes da Igreja repensarem se isto tem causado a evasão de membros por falta de flexibilidade em situações que não exigem tratamentos tão ríspidos. Jesus, em uma ocasião que causou bastante estranheza entre os fariseus, questionou se um filho que após cair em um poço no Sábado não poderia ser salvo mesmo sendo dia sagrado em seu calendário (Lucas 14.5). Esta mensagem pode ser usada também para casos extremos em que o dogma é colocado acima de tudo, até mesmo da Salvação, afinal de contas as ovelhas que se perdem do rebanho correm maiores riscos de não alcançarem a salvação.

O QUE FAZER PARA QUE AS IGREJAS VOLTEM A SE ENCHEREM ?

As Igrejas, diferentemente do que se vê na televisão, estão ficando mais vazias, em sua maioria. Mas não é atoa que muitos já estão se transformando e obtendo maior participação de seus membros na obra e no crescimento da congregação. Existem 5 ações básicas que toda Igreja precisa realizar para que não desfaleçam com evasões de seus membros. Confira:

1) MAIOR TRANSPARÊNCIA

É essencial ter maior transparência em tudo que envolver finanças. Sabemos que nos dias atuais as notícias sobre corrupção nas Igrejas, com histórias de enriquecimento ilícito e desvio de dinheiro por parte de pastores e padres, estão cada vez mais evidenciadas nos noticiários. É de suma importância que haja transparência quanto ao manuseio dos dízimos e ofertas. A membresia se sente mais confortável, menos desconfiada e mais segura de seus deveres financeiros para com a Igreja.

2) MAIS INOVAÇÃO E ATENÇÃO COM OS JOVENS

As Igrejas estão repletas de jovens e crianças. Existe agora o conflito (no bom sentido) de gerações, uma mais tradicional e outra mais flexível. O que podemos ver são jovens que gostam de eventos diferentes com muita música, oração, louvor e adoração. São mais fervorosos, gostam de gritar, pular, liberarem energia para adorarem ao Senhor. Uma igreja que não realiza eventos que possibilitem estas condições aos seus jovens é uma Igreja que não cresce em número e sua longevidade de membros é bastante afetada.

3)  MAIS PARTICIPAÇÃO DOS MEMBROS

As decisões não precisam serem só tomadas pelos pastores ou padres, agora a ideia é de dividir responsabilidades. Um membro que tem responsabilidade e está disposto a exerce-la se sente parte constituinte da Igreja. É de suma importância que haja maior integração dos membros para com as atividades da Igreja, mas como fazer isto ? Criando grupos e distribuindo responsabilidades. Grupos de Jovens, Grupos de Obreiros, Grupos das Senhores, Grupo de Louvor, Grupo de Dança e Teatro, Grupo de Vigília, entre outros. Criar grupos é diferente de distribuir cargos, pois os grupos não estão presos a tarefas obrigatórias, os grupos precisam de um líder e de união para inovarem e levarem esta união à Igreja.

4) GESTÃO E ORGANIZAÇÃO

Uma gestão de qualidade com processos bem definidos, departamentos bem estruturados e sistematização das atividades financeiras e administrativas, são de extrema importância para que tudo funcione bem e em ordem. Muitos pastores ou padres são desorganizados. Não possuem o controle financeiro e administrativo da Igreja. O que fazem é somente distribuir responsabilidades mas as deles não são exercidas por eles. Existem diversas formas de controlar os cadastros de membresia, tesouraria, financeiro, contas a pagar e a receber, dízimos, ofertas entre outros. Seja por planilha, seja pela agenda, ou por um sistema, é sempre importante ter este controle em mãos para que seja possível ter organização administrativa. Sem isto não há possibilidade de organizar as outras áreas da Igreja.

5) ACOMPANHAMENTO DE PERTO DOS MEMBROS

A cada dia que passa vemos líderes religiosos inertes. Sem ações. Sem vontade de sair e visitar seus próprios membros, quem dirá visitar novos membros. Esta inércia tem causado a evasão de grande parte da membresia. É preciso entender que muitos se espelham em seus líderes e como lidam com a vida. Se um líder não exerce o seu papel de liderança logo estará sem rebanho para liderar. É preciso que haja realmente uma forte liderança na Igreja onde as ovelhas possam confiar que estão trilhando o caminho certo e se sintam protegidas. Realizar visitas aos membros periodicamente é uma forma de dizer: "Estou aqui junto contigo, seja nos bons e maus momentos, para trilhar os caminhos de Jesus e alcançar a Salvação".