06/06/2018
Hoje as funções do pastor ou líder da
igreja na maioria das vezes são confundidas com as funções administrativas. Devemos
então separar as atividades, a função pastoral com a função administrativa.
Para que isso seja possível é
necessário criar e definir regras claras e adequadas para as despesas da igreja
com o objetivo de traçar limites.
A utilização do dinheiro em muitas
igrejas não é transparente perante seus membros, sendo comum que a administração,
ainda que instruída pelo pastor, faça a prestação de contas limitada ao exigido
no estatuto. Isto as vezes deixa a desejar e transmite falta de transparência,
assim como igrejas que só fazem a prestação de contas uma vez no ano, sendo que
o recomendado é de pelo menos uma vez ao mês.
Às vezes falta apenas a análise e
utilização das informações de maneira adequada. As informações prestadas devem
auxiliar o gestor ou administrador na tomada de suas decisões. Relatórios de
receitas e de despesas, comparativos e demonstrativos, devem ser organizados
melhor para serem analisados pelo administrativo.
A Tesouraria está ligada ao financeiro: entradas e saídas de
recursos, caixa, saldo disponível. Este departamento é imprescindível na gestão
diária dos recursos da igreja. Já a Contabilidade
mostra todos os fatos ocorridos, inclusive os da tesouraria, registrados de
maneira a evidenciar as decisões administrativas.
O conjunto de informações claras e
transparente para uso do administrador ou gestor pode ser chamado de
controladoria, que normalmente é tirada das próprias informações contábeis,
utilizando comparativos e demonstrativos analíticos específicos, de maneira a
assegurar o controle dos recursos da igreja ou organização, tendo a necessidade
de montar uma equipe administrativa que exigirá controles internos adequados.
Outro ponto ligado à falta de
transparência está o fato da congregação possuir vários fieis trabalhando e ajudando
em diversas atividades administrativas. São pessoas com valores diversos e com
conhecimentos diferenciados, alguns dos quais consegue fazer somente aquilo que
vê outra pessoa fazendo ou que podem ser instruídos erroneamente, mesmo que a
pessoa não tenha a intenção de ensinar errado, isso aumentando os riscos de
lançamentos errados ou até mesmo omissões de informações essenciais a igreja.
Gastos sem os comprovantes aceitos contabilmente é um dos problemas que
são gerados pela falta de instruções corretas.
Se o tesoureiro apresenta só um
relatório, citando no documento final todas as despesas, sem que o
administrador ou comitê administrador vejam os documentos das despesas, pode não
deixar claro a correta utilização das receitas. Assim igreja passa a ter necessidade
de estabelecer um controle mais detalhado, e estabelecer limites para cada tipo
de despesa.
É um procedimento indispensável a
verificação dos documentos, a fim de confirmar, inclusive, o que foi gasto ou
não durante o período analisado. Esse procedimento deve ser feito
periodicamente por um comitê eleito entre os membros. O tesoureiro deve sempre ter rigor em relação à comprovação, e não abrir
mão da exigência legal.
O Pastor tem a responsabilidade de se
dedicar ao seu ministério, delegando e incentivando o comitê administrativo. Já
o contador ou tesoureiro, deve assegurar que o dinheiro esteja sendo utilizado
dentro dos propósitos e objetivos estabelecidos pela igreja, mostrando sempre
ao pastor ou líder da igreja através de relatórios e demonstrativos periodicamente. A
frequência de divulgação dos demonstrativos quanto mais curta melhor,
geralmente o relatório mensal é suficiente. Um demonstrativo semanal simples, representando
apenas a arrecadação e as despesas relacionadas de forma clara, também é algo
interessante para a igreja.
Então o comitê administrativo tem a
oportunidade de ter um olhar crítico sobre as decisões de utilização dos
recursos, assim como sua comprovação, incluindo metas estabelecidas, observando
e fiscalizando não somente o tesoureiro ou contador, mas também o próprio
comitê administrativo. De certa forma, ele se torna um auditor interno que
presta serviço aos membros da igreja e toda envergadura administrativa da congregação.
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